domingo, 27 de outubro de 2019

(POESIA) Atalho

outubro 27, 2019 3 Comments

Peguei um atalho em seu corpo

As pernas, os braços

Florestas conhecidas

Entre tantos CrUzAmEnTos

Achei em seu peito

O melhor atalho

A melhor poesia.


Márcia Mascarenhas
Xêro



sexta-feira, 20 de setembro de 2019

(CORDEL) Manifesto sobre a liberdade (2)

setembro 20, 2019 2 Comments



Esse manifesto é uma reformulação do Manifesto sobre a Liberdade . Estou em processo de mudanças e os cordéis vão mudando comigo:


                                 

Venho por meio deste
Manifesto exclamar
A importância da liberdade
Para a vida funcionar
Só se pode viver bem
Quando a alma e o corpo têm
Formas de se libertar.

Escute bem cidadão
O que diz a cantoria:
Onde não há liberdade
Impera-se a tirania
Homens a nos ditar
Como viver, como falar
Em trajes de infantaria.

Aqui hoje venho
Por meio desse papel
Esboçar que a liberdade
Essa moça tão fiel
Tem enorme função
Na escrita e criação
Deste singelo cordel

Há mais de mil maneiras
Da liberdade se alcançar
Tem quem diga que ser livre
É ter direito a encontrar
Um amor pra amar também
Não importando quem,
Nova jornada embarcar.

Liberdade para Sen
É desenvolvimento
Quanto mais livre o povo
Muito mais fortalecimento
Liberdade de expressão
Retirando a privação
Do povo ao conhecimento.

Stuart Mill e a obra
Intitulada Liberdade
Traz grandes conceitos
E apresenta uma verdade
Fala da livre discussão:
Ideias levam a evolução
De uma sociedade!

Para outros a liberdade
Na educação habita.
Paulo Freire afirma
Que ela possibilita
O sujeito transformar
Sua forma de pensar
E com isso reflita!
E como podem nos privar
Do direito a educação?
Podando as diversidades
Limitando a inclusão?
Com essa grande ameaça
Que é a lei da mordaça
E sua implicação.

A liberdade de expressão
É direito universal
Protegida no Artigo 5º
Da constituição Federal
Prega livre manifestação
Exalta o poder da criação.
A voz do povo é plural!

Porém nos acorrentaram
Numa realidade crua
Sair tem sido perigoso
Não nos veem mais na rua
Precisamos habitar
Os espaços circular
Pra que a liberdade flua.

Um mundo sem opressão
É isso que faremos
Contra exploração de classe
Cada dia que vivemos
Com muito mais vontade
Lutamos pela liberdade.
Ser livres é o que queremos!

De Ilhéus para o mundo
Aqui eu vou reiterar
Apenas com liberdade
Democracia reinará!
Essa bela menina
Que dia-a-dia ensina
Formas de reinventar.

Por isso sou a favor
Desse escrito narrado
E conclamo a todos
Que guardem esse legado
Na caixa do pensamento.
E esse manifestamento
Será sempre contemplado!

Márcia Mascarenhas
Xêro

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

(Poéticas Ameríndias) A lenda do dia e da noite

agosto 29, 2019 2 Comments
Ao desenvolver o livro de artista no Componente Curricular: “Poéticas Ameríndias no Brasil: Literatura, Cinema e Grafismo”; entrei na tentativa de contemplar um pouco de cada campo da arte que o componente engloba. Compus um cordel, baseado na obra de Rui Oliveira, que reconta o mito dos Karajás, povos que vivem atualmente nos estados de Tocantins, Goiás e Mato Grosso. O mito narra história de como a noite surgiu, e durante todo o percurso para a chegada da noite até o desfecho da história, somos levados a conhecer seres encantados, que habitam o imaginário do povo Karajá. Durante o conto, a relação entre os índios e os animais é muito marcante, onde suas aparições e diálogos com os personagens marcam a narrativa. A beleza presente nos recursos imaginativos que o conto apresenta, leva o espectador até o lugar imagético da ambientação da história: o lugar da memória. A mente faz todo o percurso dos índios até os seus desfechos: aconselha, recolhe, recobra, se entristece, cria e vibra.
A proposta das imagens apresentadas no livro foi asseverar o dito por Julio Plaza: “A ilustração, a imagem, amplia, traduz e organiza visualmente o significado do texto”. E, para além dessas inferências, refiro a mim: a quem a arte de desenhar sempre foi um desafio muito grande, criar esse processo com desenhos, foi um longo trabalho de parto. Com o filho em mãos, parti para o universo das imagens e me dispus a criar uma vídeo-poesia, que narra à história do livro. Esse processo me possibilitou ter uma perspectiva de ouvinte da minha própria narrativa. Foi uma experiência agregadora para a vida.
Todo esse processo de “fazedura” do livro de artista e as imensas possibilidades de experimentações e desconstruções que ele possibilita só me mostraram com profunda clareza que crescemos como seres humanos, e que mudamos nossas formas de olhar e de recriar o mundo: o nosso mundo. Espero que a pluralidade existente em mim no momento de concepção do livro possa se fazer visível nos labirintos criados pelos encantados das águas, do dia e da noite.



Márcia Mascarenhas
Xêro

terça-feira, 20 de agosto de 2019

(Ateliê CTE) Índigo

agosto 20, 2019 0 Comments
A imagem pode conter: texto


A mostra do Componente Curricular Ateliê Corpos, Tempos e Espaços acontece nessa quinta - feira, 22 de agosto, 19:00 na Universidade Federal do Sul da Bahia - UFSB. O espetáculo "Índigo - Surgimos hoje para sempre", com a orientação dos docentes Tássio Ferreira e Leila Oliveira, será apresentado no Refeitório do Campus Jorge Amado, Ferradas. A entrada é franca.


segunda-feira, 1 de julho de 2019

(Resenha) Mulheres que contam

julho 01, 2019 0 Comments


Cabeçalho da página

Essa resenha publicada na revista : "Cadernos de Gênero e Tecnologia"  foi fruto do trabalho final do Componente Curricular : Poéticas Negrodescendentes, ministrado pela professora Cynthia Barra. O texto estabelece um paralelo entre o texto "O perigo de uma história única" da autora Chimamanda Adichie e a performance "Fragmentos de um descompasso" de Verônica Bonfim.








quinta-feira, 9 de maio de 2019

(Sustentabilidade é Possível?)

maio 09, 2019 3 Comments


Vivemos em uma época perigosa. 
O homem domina a natureza antes
que tenha aprendido a dominar a si mesmo.

Albert Schweitzer


Resultado de imagem para respeitar o tempo da natureza


Diante da atual situação, onde há ciência da possibilidade de esgotamento dos recursos naturais e do alerta a necessidade de preservação destes recursos para que as futuras gerações possam também aproveitá-los, o termo sustentabilidade surge na tentativa de ouvir e obedecer ao ciclo natural das coisas: nas formas como se produz, se consome, se relaciona.
Neste sentido, empresas de pequeno, médio e grande porte, tem adotado o conceito da produção mais limpa em suas práticas, para que haja uma redução significativa de resíduos ou até mesmo a não geração deles no desenvolvimento dos seus produtos e serviços. 
Além disso, outras ações são realizadas no mundo por grupos de pessoas que optaram por viver em um ambiente mais sustentável e vem desenvolvendo projetos fortificadores: como hortas urbanas, criação de moedas locais, implantação de modelos educacionais inclusivos. Pequenas condutas que vem reduzindo, de forma ainda intimista, as desigualdades e fomentando práticas positivas.
Desta maneira, para que a sustentabilidade seja de fato possível, são necessárias mudanças de comportamento politico, econômico, social e ambiental. É preciso respeitar o tempo de todas as coisas. Só assim a sustentabilidade é possível.

sábado, 4 de maio de 2019

(CArtes:Saberes e Práticas) Entrevista Rildo FOGE

maio 04, 2019 4 Comments


Baseado na proposta do componente, a equipe ficou responsável em escolher uma das temáticas norteadoras das aulas, escolher um artista que representasse a área temática e contar um pouco sobre sua história na arte. Nossa equipe de trabalho escolheu, baseado na temática ARTE URBANA, ministrada pela professora Alessandra Simões: o artista Rildo Foge. Figura  de grande importância no cenário artístico da cidade de Ilhéus- Ba, vem criando seu nome nos muros desse mundo, pintando em Salvador, Itacaré e tem trabalhos na cidade de Santo Antão, no Cabo Verde. 
Rildo falou um pouco sobre seu percurso na arte urbana, suas inspirações e como a arte está inserida em sua vida. Confira agora, um pouco do que foi essa entrevista com a equipe de trabalho do CC Campo das Artes: Saberes e Práticas:



Agradecimento: RILDO FOGE

Equipe de trabalho
MÁRCIA GABRIELLE BRITO MASCARENHAS
MAURICIO LIMA GUEDES

 Docente: Célia Regina

quinta-feira, 2 de maio de 2019

(UCP) Mauricio Tragtenberg e a delinquência acadêmica

maio 02, 2019 0 Comments

Mauricio Tragtenberg






Na obra, Mauricio Tragtenberg faz uma analise acerca do que vem sendo ao longo dos anos, o modelo implantado pelas universidades: não representa o social, ou seja, é elitizado; estabelece papéis de submissão na relação professor-aluno, possui um caráter classista e que, por meio de décadas vem reproduzindo uma ideologia dominante. Essa ideologia coloca o aluno em ato de subordinação, atuando apenas como aquele a receber o conhecimento e injetá-lo. Esse servilismo é considerado pelo autor como sendo um modelo de “burocracia pedagógica”, que vem moldando os estudantes para a busca do êxito e a aprovação, por meio do chamado “sistema de exames”.  É nesse sistema que os alunos vivem em função, pois dele depende a futura titulação. Isso leva, ao tema foco do texto, que é a chamada “delinquência acadêmica”: a procura descomedida por publicações, pontuações e pelo acumulo de títulos acadêmicos. 
Fazendo uma relação com a visão Kantiana, acerca dessa burocrática formação do alunado, pode-se dizer que esses jovens, vivem num processo de alternância de tutela, onde não mais tutelados pelos pais, estão sendo constantemente supervisionados acerca do que pensam, fazem e suas pretensões, pela comunidade que gere a academia.  Toda essa gama de tutoria no percurso acadêmico desse alunado acarretará na constante reprodução de conhecimento: sem um “movimento livre”, não pensarão por si próprios, o que vem a ferir a autonomia. 

No decorrer do texto, o autor vai dando pistas de qual seria a alternativa para uma educação não burocratizada. Ao citar Immanuel Kant em seus escritos, ele faz alusão a um de seus pensamentos acerca da aquisição do conhecimento. E essa aquisição se dá fora dos “grilhões" impostos pela universidade. O “ouse conhecer” kantiano, para o autor, só pode acontecer fora dos padrões institucionalizados pela academia. Pensar, apenas para reproduzir: é o que os modelos burocráticos vêm incutindo no alunado academicista. 
E, posta reflexão acerca da citação de Kant, a proposta do que vem a ser o “conhecer”, perpassa a concepção do acúmulo de assuntos aleatórios para a realização de exames, da necessidade de decorar para pontuar; e eleva esse conceito a uma conquista do conhecimento genuíno, advindo do uso do próprio entendimento, a ação de conceber o pensamento crítico sobre o conhecimento, e de fazê-lo com liberdade. Nesse ponto, cabe tratar da chamada pedagogia libertária proposta pelo autor, pois é através dela que o aluno alcança autonomia, a liberdade de crítica. Para isso acontecer, ele cita o modelo de autogestão pedagógica. Para Viana (2015): “Na autogestão não há o controle da atividade de um indivíduo por outro, como ocorre na alienação, e sim um controle do indivíduo por ele mesmo no interior de uma coletividade que se autogoverna.” Se caracteriza então, em um aprendizado fincado numa “motivação participativa” que se origina na total oposição a padronizada pedagogia burocrática instituída pelas universidades. 
Segundo Kant (1784): “Se eu tenho um livro que pensa por mim, um pastor que age como se fosse minha consciência, um físico que prescreve a minha dieta e assim sucessivamente, não tenho então necessidade de empenhar-me por conta própria”. Isso vem corroborar com o pensamento de Tragtenberg, na medida em que esse comportamento está sendo reforçado na academia nas relações professor-aluno, sem quaisquer incentivo a busca pelo processo libertário do entendimento. Nesse sentido a mediocridade acadêmica vem formando jovens para exercer cargos de responsabilidade pública, mas que assim não o sabem, por não ter vivido processos autônomos de tomada de decisão, nem experimentado o processo de pensar por si próprio. 
Para tanto, é preciso pensar em aplicar um modelo de pedagogia que foque em práticas libertadoras, solidárias, autônomas, coletivas e sociais. E para que seja efetiva, é necessário que se condene qualquer pensamento autoritário, intimidador e ditatorial.


Por: Márcia Mascarenhas
Docente: Gustavo Gonçalves


Ref. Bibliográfica:
A Delinquência Acadêmica
KANT. I, O que é esclarecimento?,1784.
VIANA. Nildo, Marxismo e Autogestão, ano 02, num. 03, jan./jun. 2015.
O que é o Esclarecimento - Autonomia em Kant: https://youtu.be/jgxQ1BNqSh4

terça-feira, 30 de abril de 2019

(PMCArtes) Poesia Andante

abril 30, 2019 2 Comments
"Eu ando pelo mundo
Prestando atenção em cores
Que eu não sei o nome
Cores de Almodóvar
Cores de Frida Kahlo
Cores!" 
Adriana Calcanhotto



Durante as últimas aulas do CC, tivemos orientações acerca da construção do trabalho final, e em votação, escolhemos a temática "diversidade" para a nortear os nossos projetos. A proposta precisava abarcar uma modalidade artística e dialogar com a matemática e as perspectivas computacionais.
 Surgiu então o projeto "Poesia Andante", que vem a ser uma paisagem litero-poética criada por mim, junto aos colegas Alisson , Alex e Fábio. O projeto reuniu 10 obras autorais (5 sonetos, 3 livres, 1 vídeopoesia e 1 cordel) compilados em um blog, e todos os links das construções poéticas foram transformados em QR code (“Quick Response code”). Esses QRs foram dispostos em cartazes e espalhados pelo corredor da universidade, onde, com auxílio de um celular com um aplicativo leitor, os colegas tiveram acesso aos poemas disponíveis para leitura. 


A experiência tem sido bastante inspiradora o que fica evidente ao dialogar com os colegas sobre a alegria de estar construindo, em conjunto, esse projeto. 
E a proposta não para por aqui. Além dos anseios da publicação de um E-book, o grupo pretende ampliar o projeto, pensando em chamadas para publicações no blog, onde a cada publicação, uma nova temática seja sugerida. Outra proposta que está sendo pensada é tornar o blog acessível para cegos, com áudio descrição. É um longo caminho. Mas não paramos e nem queremos parar.  

Vídeo de lançamento do projeto


EDIT: Tivemos ainda, a oportunidade de expor alguns de nossos textos andantes na feira do CC Universidade e Contexto Planetário, confira alguns registros:

     


Por: Márcia Mascarenhas
Professor: Joel Felipe

terça-feira, 23 de abril de 2019

(PMCArtes) Poesia!?!

abril 23, 2019 0 Comments
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
Fernando Pessoa


Esse modulo que refletia acerca da construção poética e seus processos dentro das perspectivas matemáticas e computacionais, foi incrível. Os videopoesias mostrados em sala, me despertaram uma grande vontade de produção. Assistir algo que consegue associar a palavra, o som, a imagem me deixou bastante instigada.Vim para casa pensando em como poderia construir videos como aqueles mostrados. Foi um processo que me tocou bastante. 
Durante a aula, aprendemos sobre a construção dos sonetos, sobre o hiperlink (percebi que já fazia isso sem ao menos saber o nome), discutimos sobre o que a poesia provoca nas pessoas, em nós. Foi uma aula bastante reflexiva acerca dos estudos poéticos. 


Poeta é um ente que lambe as palavras e depois se alucina. 
Manoel de Barros


Por: Márcia Mascarenhas
Professor: Joel Felipe

domingo, 21 de abril de 2019

(MECS) Diário Sonoro: Pássaros no quintal

abril 21, 2019 0 Comments

"Quero que fique. 
Quero que finque 
tuas raízes no quintal."

Philip Long

Fiz esse diário sonoro muito inspirada na música "Raízes no quintal" do Philip Long. Os sabores que se misturam em meu quintal também foram fonte de inspiração. 
Gravei algumas horas de amanhecer do meu quintal, e acabei fazendo uma captura dos melhores momentos de passaredos que me encantaram. Claro que o gravador do celular é incapaz de registrar a magnitude que é amanhecer com esse som ao vivo e ser despertada com ninhadas ao agudo mais doce do mundo! 
Ouça meu compilado do que foi meu diário de passarada:

Que desperte boas memórias



Ouvir a passarada é me conectar a uma infância que não tive e que pude experimentar quando adulta. Meu processo de conexão, embora sempre forte, nunca foi tão intenso com os frutos que a natureza dá, quanto é agora. Aprendi, a além de amar, me conectar com o natural, e a admirar a presença deles com muito mais encanto. A experiência matinal de troca é muito mais presente em minha vida, e esses sons são repletos de significados, para a minha formação espiritual. Percebi que não há conexão mais intensa que a do ser humano com a natureza. Nada mais divino e nada mais poético.

Docente: Daniel Puig



sábado, 20 de abril de 2019

(UCP) Visita a Aldeia Tukum

abril 20, 2019 4 Comments
“É Deus no Céu, o índio na terra. 
É Deus no Céu, o índio na Terra.
 Quero ver quem pode mais. 
É Deus, no céu”







Voltando à aldeia, após coleta de dados, a equipe do projeto: "Uso consciente e reaproveitamento da água na aldeia Tukum", referente ao componente curricular Universidade e Contexto Planetário foi dividida em estações de trabalho para crianças e adultos. A Estação de Trabalho cujo público alvo foram as crianças utilizou como estratégia a contação de história: ação lúdica usada para o despertar do imaginário. A contação de histórias desenvolve habilidades: desperta o interesse pela leitura, aguça a imaginação e desenvolve na criança uma formação cidadã: social e ambiental.
De nome “Contando histórias: Plantando as sementes das futuras gerações”, a oficina estava dividida em duas partes: Contação de histórias e produção de desenhos, que aconteceram após a história, se baseando no seguinte apontamento: “Levando em conta as histórias ouvidas, e a importância da água para as pessoas e para o mundo, desenhe o que você pode fazer para evitar o desperdício de água na sua comunidade.”.
Dentro dessa proposta, foram realizadas para as crianças a contação da história “De onde é que vem a água?” texto de minha autoria, livremente inspirado nas obras de Sepé Kuikuro e Peranko Panará, que retrata em cordel, dois contos indígenas dos povos Kuikuru e Panará, sobre a origem da água no mundo. As histórias foram contadas em espaço aberto, e após as histórias, as crianças se dirigiram a casa cedida por uma das aldeadas para criação de seus desenhos. A experiência de ver as crianças desenvolverem seus desenhos e relatar sobre o que as suas produções representavam para elas foi muito gratificante e única. Com traçados e sorrisos, os desenhos foram criados. Algumas crianças pediam para desenhar novamente, mostrando que em apenas uma folha de papel não comportava tanta criatividade imagética. Foi conversado também acerca da importância de se cuidar desse recurso natural tão importante e tão sagrado na vida de todos, onde algumas crianças mostraram tanta propriedade no assunto, que nos deixou com o coração cheio de sinestesias positivas.
A contação de história foi apresentada também para os adultos, onde, outras perspectivas, outros olhares e reações aconteceram.  A saída da aldeia, foi realizada com a sensação de continuidade, sensação de laços formados e amplitude do debate. O diálogo sobre seguirmos movimentando a proposta e elevá-la a um patamar mais avançado, com promoção de um seminário, só faz ampliar a justificativa de que o trabalho desenvolvido pelo grupo é necessário e vital para a fortificação de um pensamento voltado para as questões ambientais.





sexta-feira, 19 de abril de 2019

(PMCArtes) Qual é a música?

abril 19, 2019 0 Comments
"A educação musical é a parte principal da educação, porque o ritmo e a harmonia têm o grande poder de penetrar na alma e tocá-la fortemente, levando com eles a graça e cortejando-a, quando se foi bem-educado." 
 A república.


 Sou uma apaixonada por música. Não nego. Por conta disso, esse foi um dos módulos que mais me encantou. A possibilidade de experimentar matemática e, computacionalmente os sons e o fazer sonoro, foi incrível. A vibração que se desloca pelo ar, as relações aritméticas ao se mensurar os sons, a relação entre as escalas musicais e a fibonacci

Aprendemos que quando falamos em melodia, estamos falando da sucessão rítmica de sons musicais; harmonia como sendo a criação e combinação de acordes e os ritmos os agrupamentos dos valores de tempo durante o processo de execução de uma música. Para determinamos a unidade de medida da música usamos o tom. E para que esse tom se pronunciasse, começamos o processo de construção do Idiofone.





















Além do processo de construção física do som, estudamos sob uma perspectiva teórica da música. Construímos, em pautas, as notas musicais e entendemos o funcionamento de uma partitura musical. Por meio do musescore eu e Alisson Nogueira, construímos a partitura da música Frère Jacques. Foi fascinante fazer esse percurso musical com tanta consciência matemática, me fez admirar ainda mais a música e seus processos de criação.





Muito inspirada nessa pesquisa de origem do som, construí junto ao amigo e colega da UFSB, Anderson Santos, a proposta musical "Pausa para um som" para o componente "Modos de Escuta e Criação Sonora" e a ideia desse projeto nasceu durante o processo de construção do idiofone.


Por: Márcia Mascarenhas
Professor: Joel Felipe


segunda-feira, 8 de abril de 2019

(UCP) Demain: sonho ou realidade?

abril 08, 2019 0 Comments

Resultado de imagem para futuro verde
O filme “Demain” retrata como um grupo de amigos ligados à indústria cinematográfica se reuniu na construção de um projeto com a finalidade de registrar histórias de pessoas que atuam em busca de avanços sociais, ambientais e econômicas para o mundo.  Cada grupo, com seus desejos, seus anseios de uma melhoria nas condições de vida e de forma positiva, o filme aborda ações proativas para o bem viver local. Dentro dessas ações, a obra apresenta uma horta urbana que transformou a paisagem abandonada de um bairro na cidade de Detroit, e que vem alimentando mais mil famílias. Com a horta, seus idealizadores possuem a ousada ambição de promover a cidade ao patamar da independência alimentar, onde as frutas e legumes sejam fruto majoritariamente da produção local.  Outras ações norteiam o decorrer do vídeo: Pessoas que dedicam suas vidas para o cultivo nos moldes do sistema agroflorestal, grupos que revitalizaram suas cidades com mais verde.
Seguindo a trilha da proposta do filme, pensando em ações propositivas e positivas na região do Sul da Bahia, a Rede Povos da Mata desempenha um papel basilar no cultivo orgânico por meio da Agroecologia, promovendo desenvolvimento com sustentabilidade. Além de oferecer melhores condições de vida para seus produtores, a rede oferece uma relação direta entre o consumidor e o produto, através dos chamados circuitos curtos de comercialização. Esse circuito, além de encurtar a distancia consumidor-produto, dá acesso ao percurso feito pelo produto. Outra ação de caráter econômico – solidário que tem ganhado destaque na região é a criação do SELS - Sistema Econômico Local de Serra Grande. Criado em 2017, o sistema atua de forma “eco solidária”, facilitando trocas de bens e serviços. O dinheiro social NIBS(NB$) vem melhorando a qualidade de vida e promovendo trocas que fortificam os princípios do sistema: “solidariedade e apoio mútuo, equilíbrio econômico e a busca por uma economia sustentável com o planeta, a comunidade”.  Tanto a Rede com o SELS, são projetos ainda muito jovens, mas ambas as propostas são bastante inovadoras em suas áreas de atuação. Cada uma com seus erros e acertos, partindo de sentimentos genuínos de mudança: seja no plantio, seja no prato dos consumidores ou na melhoria econômica da cidade. O que importa sempre é fazer com que aquele “primeiro esboço” saia do papel e se torne um projeto em execução, os enfrentamentos e as barreiras então, irão existir para que os projetos em prática se fortaleçam.  

domingo, 7 de abril de 2019

(MECS) Diário Sonoro - VOZES

abril 07, 2019 0 Comments
Pensar em criar um diário sonoro com as vozes das pessoas é um tanto quanto complicado. Ao construir meu diário, pensei em filtrar as vozes gravando mulheres que ao meu redor sonham, pensam e agem por um mundo melhor. Então, criei meu diário tentando ouvir, muito mais que somente a voz, mas também o que foi dito. Comecei os diálogos perguntando sobre comida e seus gostos. Afinal, falar sobre comida é ótimo!! Depois perguntei a elas: "O que você acredita que mudaria o mundo?". 

Segue abaixo, diário sonoro e respostas inspiradoras:

No primeiro áudio, consigo perceber uma voz um pouco metalizada, sua risada é aguda, mas a voz não tanto. Ela é mais veloz na sua fala.




No segundo áudio, a voz parece ter uma pegada mais infantil. Me remete à memória, a voz de uma criança. Suave e não tão aguda quanto a primeira voz.



Acredito que, dos três áudios, é a voz mais grave, com algumas leves pontuadas no agudo. Risada aguda. Em alguns momentos sua voz é veloz, em outros sua voz soa como mais contemplativa.


Por: Márcia Mascarenhas
Professor: Daniel Puig

sábado, 16 de março de 2019

(PMCArtes) LOGOMARCA

março 16, 2019 0 Comments

Resultado final Logomarca
Discente: Márcia  Gabrielle Brito Mascarenhas
  Cliente:  Blog IPOLÍTICA



Interesses do Cliente: Nova marca exclusiva que foque nas iniciais do blog (I e P).

A proposta inicial foi desenhar a logomarca em torno da figura da ampulheta, sinalizando fluxo, movimento continuo, fazendo referencia a letra “I” da nomenclatura do blog.  Depois, foi sugerido a construção de uma imagem onde a letra “I” e a letra “P” fossem uma só. Para ideia de cores, foi pensado no branco (implicando em justiça e imparcialidade, neutralidade e independência) e vermelho (significando energia e ação).

Pensando na proporção áurea, a logo se encontra dentro da espiral, e a proposta da letra P também foi executada em cima do conceito da espiral.




Teste da logomarca

Construir uma logo foi um desafio pra mim. Aliar as propostas de construção com as sugestões da aula, pensando nos estudos das cores, do encaixe com a espiral e com uma proposta sólida para a marca foi uma provocação e tanto. Passei horas debruçada no Inkscape, um dos programas sugeridos para a construção da logo. Usei também outros programas mais simples que me ajudaram a chegar ao projeto final da marca. Foi um caminho e tanto, da construção até o produto final, foram aparecendo algumas ideias e outras, tive que ir me abstendo. No fim, eu realmente gostei do produto final, depois de tantos reinícios.




Por: Márcia Mascarenhas
Professor: Joel Felipe


sexta-feira, 15 de março de 2019

(UCP) Cotidiano

março 15, 2019 0 Comments

"Todo dia eu só penso em poder parar, meio-dia eu só penso em dizer não. 
Depois penso na vida pra levar e me calo com a boca de feijão" Chico Buarque


Leitura crítica "A riqueza de poucos beneficia todos nós?" 

O texto leva o leitor a uma reflexão acerca das desigualdades existentes no mundo, destacando na escrita, a onda crescente desse processo ao longo dos anos. O autor sinaliza no texto que a condição econômica das pessoas, vista sobre um panorama geral, não tem se alterado, quando ele afirma, na seguinte citação: “pessoas que são ricas estão ficando mais ricas apenas porque já são ricas. Pessoas que são pobres estão ficando mais pobres apenas porque já são pobres.” Por esse prisma, com a crescente desigualdade, crescem também as “patologias sociais”, considerando que, em uma sociedade, todas as ações se conectam. Essas desigualdades vêm trazendo efeitos negativos no desenvolvimento econômico e na qualidade de vida da população.
Resultado de imagem para cotidiano
Tomando como base um recorte na cidade de Itabuna, pode-se inferir que as projeções das desigualdades no mundo, são refletidas nas particularidades também. Uma reportagem de jornal, publicada no dia 18 de fevereiro no blog IPOLITICA, faz um recorte do trabalho desenvolvido por estudantes baianos acerca dos índices de pobreza na cidade, intitulado: “Medindo a pobreza multidimensional em Itabuna: uma análise espacial.”, que leva a seguinte reflexão: “Os cinco bairros mais ricos de Itabuna têm renda pessoal de 74,5% do total da cidade, segundo dados dos setores censitários do Censo de 2010. O levantamento mostra que os 35 bairros de menor renda de Itabuna juntos somam o mesmo percentual obtido pelos 5 bairros mais ricos. Dessa forma, pode se afirmar que apenas 5,35% da população se apropria de 37,4% da renda pessoal total da cidade.” Essa desigualdade abordada no texto de Bauman se reflete no cotidiano do povo da cidade de Itabuna, o que gera uma crescente onda de consequências ao estado de Bem estar do povo. Cria-se um ciclo, onde os jovens: cada vez mais jovens, precisam ingressar no ambiente de trabalho, ocasionando assim a mão de obra infantil, o que, em decorrência disso, acarreta a crescente evasão escolar, refletindo na falta de uma profissionalização decente e acarretando num processo de exploração do trabalhador ou na crescente do desemprego. Isso demonstra o quanto à questão da desigualdade econômica interfere na qualidade de vida e na desigualdade social, o que aponta para um desenvolvimento econômico pautado em subempregos, exploração e sem qualquer bem estar para a classe mais pobre. Para Milton Santos: “O homem deixa de ser o centro do mundo e dá lugar ao dinheiro”. Perde-se, nessa desigualdade econômica massiva, alguns aspectos da humanidade, nessa busca desenfreada pelo “ter”, o dinheiro deturpa conceitos como o de igualdade e solidariedade. O espaço social que se nasce vem determinando as oportunidades do homem. O futuro de uma pessoa já está determinado pelo status social de sua família. Foi constatado isso em 1979, por meio de um estudo na Universidade Carnegie, e é empiricamente comprovado hoje. A “falsa meritocracia” estabelecida pela sociedade, que grita que todos têm direitos iguais na disputa por ocupação de espaço, coloca nessa disputa, um jovem que estuda a noite, pois precisa trabalhar para prover a família, e um rapaz que tem acesso a uma escola de qualidade e que não precisa se preocupar com as contas para pagar. Como colocar esses dois jovens em disputas equiparadas?

Autoria: Márcia Gabrielle Brito Mascarenhas 
Professor: Gustavo Bicalho

Referência:
"Medindo a pobreza multidimensional em Itabuna" Ricardo Candêia, Eli Izidro e Ícaro Célio. Bahia anál. dados, n 2, vol 28. p196-223
"A riqueza de poucos beneficia todos nós?" - BAUMAN, Zygmunt. Cap.1 (pg. 15-28)






quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

(PMCArtes) Platão, cores e combinações

fevereiro 27, 2019 0 Comments

No QUARTO ENCONTRO, me veio à reflexão acerca
do quanto Platão foi essencial para a construção do conhecimento. Hoje um dos pensadores mais estudados no mundo, o homem era filósofo, matemático; esteve discípulo de Sócrates e pôde nos facilitar o acesso à seu mestre. 
Os poliedros de Platão são fruto de seu estudo sobre o universo. Esses poliedros se dispõem em cinco: Tetraedro, Hexaedro, Icosaedro, Octaedro e Dodecaedro.  
A aula foi voltada, inicialmente para um trabalho prático; com a construção, por meio de canudos, dos sólidos. Em grupo: Eu, Alex e Antônio, nos embrenhamos a desenvolver o hexaedro, que após uma pesquisa prévia,  descobri que Platão fez associação desse sólido com o elemento da terra, por ser um sólido com todas as faces quadradas e  garantir estabilidade. 
Concluídos os poliedros, embarcamos na jornada para o processo de construção da nossa logomarca, focando no estudo das cores: o poder que as cores tem sobre nossos sentidos e como elas tem sido utilizadas pela industria para nos influenciar, as relações das cores com os sentimentos transmitidos e como usar as cores para favorecer nossas logomarcas e chamar o público para o produto vendido. 
E lá vamos nós, tendo ciência da importância das cores, agora é continuar com a mão na massa para a construção da logomarca.




















Por: Márcia Mascarenhas
Professor: Joel Felipe

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

(PMCArtes) Caminho de Ouro

fevereiro 20, 2019 2 Comments


Homem Vitruviano


No TERCEIRO ENCONTRO, começamos com a escolha individual de um objeto artístico. 5 minutos de pensamento e nenhum segundo a mais para mim. A unica obra que vinha a mente era "Uma didática da invenção" do Manoel de Barros. O "rio que fazia uma volta atrás de nossa casa" não saia da cabeça. Pra mim, a forma como Manoel brinca de desconstruir com as palavras é a coisa mais linda já inventada. 


Nossas medições com o número de ouro


Durante o encontro, medimos e fomos medidos. Cada registro realizado e a cada descoberta acerca da proporção áurea, do homem Vitruviano do da Vinci e do sistema de proporções do Modulor do Le Corbusier, pude perceber que o homem a arte e a natureza estão conectados de uma forma divina. Percebi que nossos corpos são perfeitos em suas imperfeições.

O 1,618 encontrado em nossas mensuras corporais, a existência desse número de ouro ditou a existência e a concepção das artes por muito tempo. Muito se produziu baseando-se nessa perspectiva da Proporção áurea e muito ainda há de se produzir, inclusive por nós que ficamos incumbidos de pensar, rabiscar e criar uma logomarca dentro dos padrões da proporção áurea. Será um grande desafio. Mas, como dizia o grande filósofo Sócrates: “Uma vida sem desafios não vale a pena ser vivida”.



E nessas Trilhas acadêmicas, eu vou seguindo o caminho de ouro.

Por: Márcia Mascarenhas
Professor: Joel Felipe


terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

(MECS)Diário Sonoro - MOTORES

fevereiro 19, 2019 2 Comments


Ao propor essa reflexão acerca da pesquisa dos sons de motores que diariamente estamos em contato, pude perceber o quão rodeados estamos das mais diversas sonoridades motorizadas. O som dos motores já é parte de nosso contexto e vivência de mundo. E ao despertar no trabalho de escuta, pude perceber o quanto de ruído estamos expostos durante a nossa vida. Consegui perceber em meu entorno alguns sons, uns puderam ser captados pelo gravador, outros não. 

SOM DO VENTILADOR
 
O Som do ventilador, em minha vida e processo de conexão com a infância, tem enorme importância. Quando criança o som que o relógio de pilha emitia, me deixava bastante incomodada, e o som do ventilador a noite, conseguia abafar o som dos ponteiros do relógio. O som do ventilador me lembra ruído de espaços lotados, tem uma escrita similar ao "Vruuu" e para mim, devido histórico, é um som que me auxilia no sono.


SOM DO AIRFRYER

Ele tem um som que é facilmente percebido quando ligado (SOM DE VENTO EM CIRCULAÇÃO, SOM DE RELÓGIO E O BIP AO FINAL). É um som que incomoda mais por conta do relógio batendo a todo instante, sua escrita me aparece assim: "FUUUUHHHHHH, TUTUTUTUTUTUTUTU, TIIIM)


SOM LIQUIDIFICADOR


O som do liquidificador me lembra uma serra elétrica, é bem chato de ouvir, mas eu adoro usar o liquidificador, então, para mim sua função supera o som.


SOM GELADEIRA

A geladeira é uma das mais silenciosas. A noite o seu som consegue ser mais audível. Ela, algumas vezes, solta um som agudo, que não consegui captar com o celular. 

Pude perceber outros sons que não consegui gravar, como o som do motor do ônibus, que acaba se confundindo com os ruídos externos de pessoas conversando, catraca, sirene de ônibus e barulho de rua. Porém, a mistura desses sons pareciam estar, de certa forma, em sincronia.




Por: Márcia Mascarenhas
Professor: Daniel Puig