terça-feira, 28 de agosto de 2018

(Matemática e espaço) Areia Ancestral





Texto Baseado no Artigo: Areia Ancestral
O artigo de Rogério Ferreira inicia contando um pouco do histórico desse povo que costuma contar histórias nas areias. Os sona, como são chamados os desenhos, são advindos de povos do leste Angolano. Ele ressalta que são saberes que eram usados como forma de organização e transmissão de seus conhecimentos. Conhecimentos esses que, juntamente com o tráfico de escravos veio para o Brasil e que fazem parte da construção cultural do país. A respeito disso, o autor lança a problematização sobre a não utilização dessas questões no currículo brasileiro, citando a lei que estabelece o estudo da cultura afro-brasileira e indígena, nas escolas de ensino fundamental e médio. Depois disso o autor sugere que a única forma de superar todos esses enfrentamentos da educação é retirar a “estáticidade” dos currículos. Ele precisa ser prático, problematizador.
O autor parte então para o processo de construção dos sona, explicando que seja onde for elaborado o desenho, primeiro se cria a chamada rede de pontos. Essa rede pode ser de vários tamanhos. Os traçados vão se basear nessa rede para ser desenhado. Em torno dessa rede será desenhado um retângulo, chamada de caixa espelhada, onde fios vão sendo construídos e os traçados refletidos. Cada rede possui uma quantidade especifica de fios. A quantidade de fios será determinada pela quantidade de pontos que terá a rede, extraindo da rede o máximo divisor comum, ou seja, o maior número que possa dividir os pontos rede. Digamos que a rede seja 4x2, o MDC dessa rede será 2, pois se trata do maior número que pode dividir os pontos dessa rede. Outra forma de saber a quantidade de fios que uma rede possui é buscar a maior malha quadrada que decompõe a redes de pontos. Outros desses desenhos, os irregulares, são feitos mediante o uso de pequenos espelhos colocados entre a rede de fios. Isso faz com que alguns fios não se toquem durante a confecção da lusona.
Antes de finalizar o texto, o autor ressalta que os sona são muito mais que esses os exemplos ilustrados no artigo, ressaltando que esses desenhos fazem parte da tradição desses povos e que muitos desses desenhos envolvem uma mistura de técnica e características livres. Mestres dessa cultura dedicam suas vidas pela continuidade desses conhecimentos, levando aos jovens de seu povo os princípios da técnica até as características mais avançadas de execução do traçado. O autor finaliza o texto, frisando a importância que existe nessas tradição e como os sona podem ser utilizados pelo professor em sala de aula,  se referindo a lusona como portadora de conteúdo artístico, educativo e filosófico.  O autor deixa claro que todos esses desenhos são representações da tradição desses povos que podem ser utilizados como recurso didático como forma prática de interpretação desse trabalho. Os desenhos desses povos são feitos a mão livre, trabalho que comprova o traquejo que esse povo possui na construção da lusona.
Os sona são parte constituinte de uma tradição de uma cultura a ser preservada. Contam histórias e saberes de seus povos, crenças, lendas e vivências.
Por: Márcia Mascarenhas
Professor: Júlia Gouvea

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