Texto
Baseado no Artigo: Areia Ancestral
O
artigo de Rogério Ferreira inicia contando um pouco do histórico desse povo que
costuma contar histórias nas areias. Os sona,
como são chamados os desenhos, são advindos de povos do leste Angolano. Ele
ressalta que são saberes que eram usados como forma de organização e
transmissão de seus conhecimentos. Conhecimentos esses que, juntamente com o
tráfico de escravos veio para o Brasil e que fazem parte da construção cultural
do país. A respeito disso, o autor lança a problematização sobre a não
utilização dessas questões no currículo brasileiro, citando a lei que
estabelece o estudo da cultura afro-brasileira e indígena, nas escolas de
ensino fundamental e médio. Depois disso o autor sugere que a única forma de
superar todos esses enfrentamentos da educação é retirar a “estáticidade” dos
currículos. Ele precisa ser prático, problematizador.
O
autor parte então para o processo de construção dos sona, explicando que seja onde for elaborado o desenho,
primeiro se cria a chamada rede de pontos. Essa rede pode ser de vários
tamanhos. Os traçados vão se basear nessa rede para ser desenhado. Em torno
dessa rede será desenhado um retângulo, chamada de caixa espelhada, onde fios
vão sendo construídos e os traçados refletidos. Cada rede possui uma quantidade
especifica de fios. A quantidade de fios será determinada pela quantidade de
pontos que terá a rede, extraindo da rede o máximo divisor comum, ou seja, o maior
número que possa dividir os pontos rede. Digamos que a rede seja 4x2, o MDC
dessa rede será 2, pois se trata do maior número que pode dividir os pontos
dessa rede. Outra forma de saber a quantidade de fios que uma rede possui é
buscar a maior malha quadrada que decompõe a redes de pontos. Outros desses
desenhos, os irregulares, são feitos mediante o uso de pequenos espelhos
colocados entre a rede de fios. Isso faz com que alguns fios não se toquem
durante a confecção da lusona.
Antes
de finalizar o texto, o autor ressalta que os sona são muito mais que esses os
exemplos ilustrados no artigo, ressaltando que esses desenhos fazem parte da
tradição desses povos e que muitos desses desenhos envolvem uma mistura de
técnica e características livres. Mestres dessa cultura dedicam suas vidas pela
continuidade desses conhecimentos, levando aos jovens de seu povo os princípios
da técnica até as características mais avançadas de execução do traçado. O
autor finaliza o texto, frisando a importância que existe nessas tradição e
como os sona podem ser utilizados pelo professor em sala de aula, se referindo a lusona como portadora de
conteúdo artístico, educativo e filosófico. O autor deixa claro que todos esses
desenhos são representações da tradição desses povos que podem ser utilizados
como recurso didático como forma prática de interpretação desse trabalho. Os
desenhos desses povos são feitos a mão livre, trabalho que comprova o traquejo
que esse povo possui na construção da lusona.
Os
sona são parte constituinte de uma tradição de uma cultura a ser preservada.
Contam histórias e saberes de seus povos, crenças, lendas e vivências.
Por: Márcia Mascarenhas
Professor: Júlia Gouvea
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