quinta-feira, 9 de maio de 2019

(Sustentabilidade é Possível?)

maio 09, 2019 3 Comments


Vivemos em uma época perigosa. 
O homem domina a natureza antes
que tenha aprendido a dominar a si mesmo.

Albert Schweitzer


Resultado de imagem para respeitar o tempo da natureza


Diante da atual situação, onde há ciência da possibilidade de esgotamento dos recursos naturais e do alerta a necessidade de preservação destes recursos para que as futuras gerações possam também aproveitá-los, o termo sustentabilidade surge na tentativa de ouvir e obedecer ao ciclo natural das coisas: nas formas como se produz, se consome, se relaciona.
Neste sentido, empresas de pequeno, médio e grande porte, tem adotado o conceito da produção mais limpa em suas práticas, para que haja uma redução significativa de resíduos ou até mesmo a não geração deles no desenvolvimento dos seus produtos e serviços. 
Além disso, outras ações são realizadas no mundo por grupos de pessoas que optaram por viver em um ambiente mais sustentável e vem desenvolvendo projetos fortificadores: como hortas urbanas, criação de moedas locais, implantação de modelos educacionais inclusivos. Pequenas condutas que vem reduzindo, de forma ainda intimista, as desigualdades e fomentando práticas positivas.
Desta maneira, para que a sustentabilidade seja de fato possível, são necessárias mudanças de comportamento politico, econômico, social e ambiental. É preciso respeitar o tempo de todas as coisas. Só assim a sustentabilidade é possível.

sábado, 4 de maio de 2019

(CArtes:Saberes e Práticas) Entrevista Rildo FOGE

maio 04, 2019 4 Comments


Baseado na proposta do componente, a equipe ficou responsável em escolher uma das temáticas norteadoras das aulas, escolher um artista que representasse a área temática e contar um pouco sobre sua história na arte. Nossa equipe de trabalho escolheu, baseado na temática ARTE URBANA, ministrada pela professora Alessandra Simões: o artista Rildo Foge. Figura  de grande importância no cenário artístico da cidade de Ilhéus- Ba, vem criando seu nome nos muros desse mundo, pintando em Salvador, Itacaré e tem trabalhos na cidade de Santo Antão, no Cabo Verde. 
Rildo falou um pouco sobre seu percurso na arte urbana, suas inspirações e como a arte está inserida em sua vida. Confira agora, um pouco do que foi essa entrevista com a equipe de trabalho do CC Campo das Artes: Saberes e Práticas:



Agradecimento: RILDO FOGE

Equipe de trabalho
MÁRCIA GABRIELLE BRITO MASCARENHAS
MAURICIO LIMA GUEDES

 Docente: Célia Regina

quinta-feira, 2 de maio de 2019

(UCP) Mauricio Tragtenberg e a delinquência acadêmica

maio 02, 2019 0 Comments

Mauricio Tragtenberg






Na obra, Mauricio Tragtenberg faz uma analise acerca do que vem sendo ao longo dos anos, o modelo implantado pelas universidades: não representa o social, ou seja, é elitizado; estabelece papéis de submissão na relação professor-aluno, possui um caráter classista e que, por meio de décadas vem reproduzindo uma ideologia dominante. Essa ideologia coloca o aluno em ato de subordinação, atuando apenas como aquele a receber o conhecimento e injetá-lo. Esse servilismo é considerado pelo autor como sendo um modelo de “burocracia pedagógica”, que vem moldando os estudantes para a busca do êxito e a aprovação, por meio do chamado “sistema de exames”.  É nesse sistema que os alunos vivem em função, pois dele depende a futura titulação. Isso leva, ao tema foco do texto, que é a chamada “delinquência acadêmica”: a procura descomedida por publicações, pontuações e pelo acumulo de títulos acadêmicos. 
Fazendo uma relação com a visão Kantiana, acerca dessa burocrática formação do alunado, pode-se dizer que esses jovens, vivem num processo de alternância de tutela, onde não mais tutelados pelos pais, estão sendo constantemente supervisionados acerca do que pensam, fazem e suas pretensões, pela comunidade que gere a academia.  Toda essa gama de tutoria no percurso acadêmico desse alunado acarretará na constante reprodução de conhecimento: sem um “movimento livre”, não pensarão por si próprios, o que vem a ferir a autonomia. 

No decorrer do texto, o autor vai dando pistas de qual seria a alternativa para uma educação não burocratizada. Ao citar Immanuel Kant em seus escritos, ele faz alusão a um de seus pensamentos acerca da aquisição do conhecimento. E essa aquisição se dá fora dos “grilhões" impostos pela universidade. O “ouse conhecer” kantiano, para o autor, só pode acontecer fora dos padrões institucionalizados pela academia. Pensar, apenas para reproduzir: é o que os modelos burocráticos vêm incutindo no alunado academicista. 
E, posta reflexão acerca da citação de Kant, a proposta do que vem a ser o “conhecer”, perpassa a concepção do acúmulo de assuntos aleatórios para a realização de exames, da necessidade de decorar para pontuar; e eleva esse conceito a uma conquista do conhecimento genuíno, advindo do uso do próprio entendimento, a ação de conceber o pensamento crítico sobre o conhecimento, e de fazê-lo com liberdade. Nesse ponto, cabe tratar da chamada pedagogia libertária proposta pelo autor, pois é através dela que o aluno alcança autonomia, a liberdade de crítica. Para isso acontecer, ele cita o modelo de autogestão pedagógica. Para Viana (2015): “Na autogestão não há o controle da atividade de um indivíduo por outro, como ocorre na alienação, e sim um controle do indivíduo por ele mesmo no interior de uma coletividade que se autogoverna.” Se caracteriza então, em um aprendizado fincado numa “motivação participativa” que se origina na total oposição a padronizada pedagogia burocrática instituída pelas universidades. 
Segundo Kant (1784): “Se eu tenho um livro que pensa por mim, um pastor que age como se fosse minha consciência, um físico que prescreve a minha dieta e assim sucessivamente, não tenho então necessidade de empenhar-me por conta própria”. Isso vem corroborar com o pensamento de Tragtenberg, na medida em que esse comportamento está sendo reforçado na academia nas relações professor-aluno, sem quaisquer incentivo a busca pelo processo libertário do entendimento. Nesse sentido a mediocridade acadêmica vem formando jovens para exercer cargos de responsabilidade pública, mas que assim não o sabem, por não ter vivido processos autônomos de tomada de decisão, nem experimentado o processo de pensar por si próprio. 
Para tanto, é preciso pensar em aplicar um modelo de pedagogia que foque em práticas libertadoras, solidárias, autônomas, coletivas e sociais. E para que seja efetiva, é necessário que se condene qualquer pensamento autoritário, intimidador e ditatorial.


Por: Márcia Mascarenhas
Docente: Gustavo Gonçalves


Ref. Bibliográfica:
A Delinquência Acadêmica
KANT. I, O que é esclarecimento?,1784.
VIANA. Nildo, Marxismo e Autogestão, ano 02, num. 03, jan./jun. 2015.
O que é o Esclarecimento - Autonomia em Kant: https://youtu.be/jgxQ1BNqSh4