Ao desenvolver o livro de artista no Componente Curricular: “Poéticas Ameríndias no Brasil: Literatura, Cinema e Grafismo”; entrei na tentativa de contemplar um pouco de cada campo da arte que o componente engloba. Compus um cordel, baseado na obra de Rui Oliveira, que reconta o mito dos Karajás, povos que vivem atualmente nos estados de Tocantins, Goiás e Mato Grosso. O mito narra história de como a noite surgiu, e durante todo o percurso para a chegada da noite até o desfecho da história, somos levados a conhecer seres encantados, que habitam o imaginário do povo Karajá. Durante o conto, a relação entre os índios e os animais é muito marcante, onde suas aparições e diálogos com os personagens marcam a narrativa. A beleza presente nos recursos imaginativos que o conto apresenta, leva o espectador até o lugar imagético da ambientação da história: o lugar da memória. A mente faz todo o percurso dos índios até os seus desfechos: aconselha, recolhe, recobra, se entristece, cria e vibra.
A proposta das imagens apresentadas no livro foi asseverar o dito por Julio Plaza: “A ilustração, a imagem, amplia, traduz e organiza visualmente o significado do texto”. E, para além dessas inferências, refiro a mim: a quem a arte de desenhar sempre foi um desafio muito grande, criar esse processo com desenhos, foi um longo trabalho de parto. Com o filho em mãos, parti para o universo das imagens e me dispus a criar uma vídeo-poesia, que narra à história do livro. Esse processo me possibilitou ter uma perspectiva de ouvinte da minha própria narrativa. Foi uma experiência agregadora para a vida.
Todo esse processo de “fazedura” do livro de artista e as imensas possibilidades de experimentações e desconstruções que ele possibilita só me mostraram com profunda clareza que crescemos como seres humanos, e que mudamos nossas formas de olhar e de recriar o mundo: o nosso mundo. Espero que a pluralidade existente em mim no momento de concepção do livro possa se fazer visível nos labirintos criados pelos encantados das águas, do dia e da noite.
A proposta das imagens apresentadas no livro foi asseverar o dito por Julio Plaza: “A ilustração, a imagem, amplia, traduz e organiza visualmente o significado do texto”. E, para além dessas inferências, refiro a mim: a quem a arte de desenhar sempre foi um desafio muito grande, criar esse processo com desenhos, foi um longo trabalho de parto. Com o filho em mãos, parti para o universo das imagens e me dispus a criar uma vídeo-poesia, que narra à história do livro. Esse processo me possibilitou ter uma perspectiva de ouvinte da minha própria narrativa. Foi uma experiência agregadora para a vida.
Todo esse processo de “fazedura” do livro de artista e as imensas possibilidades de experimentações e desconstruções que ele possibilita só me mostraram com profunda clareza que crescemos como seres humanos, e que mudamos nossas formas de olhar e de recriar o mundo: o nosso mundo. Espero que a pluralidade existente em mim no momento de concepção do livro possa se fazer visível nos labirintos criados pelos encantados das águas, do dia e da noite.
Márcia Mascarenhas
Xêro